Pais são presos após criticar escola da filha com necessidades especiais no Reino Unido
Um casal britânico foi detido pela polícia de Hertfordshire após fazer questionamentos sobre a gestão da escola primária de sua filha de 9 anos, que é neurodivergente e tem epilepsia. Maxie Allen, produtor da Times Radio, e Rosalind Levine passaram oito horas sob custódia sob acusações de assédio, comunicações maliciosas e perturbação da propriedade escolar. O caso ocorreu em Borehamwood, ao norte de Londres, e levantou debates sobre os limites entre liberdade de expressão e assédio institucional.
O conflito escolar que levou à prisão
O problema começou em maio de 2024, quando Allen, então membro do conselho escolar, questionou a falta de transparência no processo de seleção do novo diretor da Cowley Hill Primary School. Suas perguntas foram ignoradas, e o casal expressou frustração em um grupo de WhatsApp com outros pais. A escola considerou os comentários "inflamatórios" e proibiu o casal de participar de eventos escolares.
A situação escalou quando a escola alegou receber um "volume excessivo" de e-mails e mensagens do casal, buscando aconselhamento policial. Em janeiro, Allen e Levine foram presos em sua casa, na frente da filha, Sascha. A polícia investigou as acusações, mas encerrou o caso por falta de provas.
Liberdade de expressão vs. assédio no Reino Unido
✔ Críticas a escolas: Permitidas, mas perseguição repetitiva pode ser considerada assédio.
✔ Lei de Comunicações Maliciosas (2003): Criminaliza mensagens ofensivas ou ameaçadoras.
✔ Casos similares: Em 2022, um pai foi multado por enviar 50 e-mails sobre bullying à escola do filho.
A escola afirmou que agiu para proteger seus funcionários, enquanto o casal alega que apenas buscava garantir o melhor atendimento para a filha, que tem necessidades educacionais especiais. O caso reacendeu discussões sobre como instituições de ensino devem lidar com críticas de pais, especialmente quando envolvem crianças com deficiências.
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