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Estupro em Paranaguá: Gritos de 'não' sãoo ignorados em crime filmado


Um crime de violência sexual chocou Paranaguá, no litoral do Paraná, após um pedreiro ser acusado de estupro. Nathan de Siqueira Menezes, de 32 anos, foi preso após câmeras de segurança registrarem o momento em que ele arrastou uma jovem de 24 anos para o banheiro de um posto de combustíveis desativado e a violentou, mesmo com ela gritando repetidamente: "Nathan, eu não quero! Eu não quero, Nathan!" — dizendo "não" pelo menos 11 vezes durante a agressão.

O caso ocorreu no dia 23 de fevereiro, após os dois se conhecerem em uma casa de shows na região. A vítima, que preferiu não ser identificada, relatou à polícia que, ao sair do estabelecimento para usar o banheiro, Nathan a levou para o posto abandonado sem avisar que o local estava fechado.



📹 As imagens chocantes da câmera de segurança

As filmagens mostram:

Nathan agarrando a jovem pelo braço e a arrastando para dentro do banheiro
A vítima resistindo e gritando por ajuda
O momento em que ela consegue fugir após encontrar uma brecha


Enquanto isso, o motorista de aplicativo que a aguardava do lado de fora tentava ligar para ela sem sucesso. "Ele não deixava eu pegar o celular. Foi nesse momento que eu achei uma brecha para fugir", contou a jovem em depoimento.



🔎 Como o crime veio à tona?

A denúncia foi formalizada após a vítima procurar a Delegacia da Mulher de Paranaguá (DEAM). A polícia analisou as imagens das câmeras de segurança e identificou Nathan, que já tinha passagem por ameaça e lesão corporal. Ele foi preso em flagrante e está respondendo pelo crime de estupro (art. 213 do Código Penal), que prevê pena de 6 a 10 anos de prisão.



📌 Dados sobre violência sexual no Brasil

Indicador

Estatística

Fonte

Estupros registrados (2022)

74.930 casos

FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública)

Vítimas mulheres

86,9% do total

Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Casos com conhecidos

75% dos agressores

IPEA

Subnotificação

Apenas 10% são denunciados

Ministério da Saúde

💡 Psicóloga explica"Muitas vítimas não denunciam por medo de revitimização ou por conhecerem o agressor", diz Dra. Ana Lúcia Mendes, especialista em violência de gênero.



❓ Por que casos assim ainda acontecem?


1.      Cultura do machismo: Normalização da violência contra mulheres

2.      Falta de políticas públicas: Poucas delegacias especializadas e lentidão judicial

3.      Impunidade: Apenas 8% dos casos de estupro resultam em condenação


🚨 Como se proteger e denunciar?


 Aplicativo SOS Mulher: Botão de pânico direto para a polícia (disponível em alguns estados)
 Disque 180: Central de Atendimento à Mulher
 Delegacia da Mulher: Atendimento especializado

📢 Se você sofreu ou testemunhou violência sexual, DENUNCIE!



"Como o Brasil pune estupro?"

  • Pena prevista: 6 a 30 anos (aumenta se houver lesão grave, morte ou se a vítima for menor).

  • Lei 12.015/2009: Tornou crimes sexivos inafiançáveis.

  • Problema: Só 8% dos casos chegam a condenação (dados do CNJ).


📢 Repercussão e Justiça

O caso gerou indignação nas redes sociais, com campanhas como #JustiçaPorEla ganhando força. O advogado de Nathan alega que houve "consentimento", mas a promotoria afirma que as imagens e os gritos da vítima refutam essa versão.

A próxima audiência está marcada para 15 de maio. Enquanto isso, a vítima recebe acompanhamento psicológico gratuito pelo CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher).

 


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