Menina de 13 anos é dopada e violentada por influencer fake no DF
Uma menina de 13 anos, moradora de Águas Lindas de Goiás, foi vítima de um crime brutal após ser enganada por um homem que se apresentou como influenciador digital. O caso, ocorrido na tarde desta quarta-feira (2), chocou o Distrito Federal e reacendeu o alerta sobre os perigos que crianças e adolescentes enfrentam tanto no mundo físico quanto no digital. O suspeito, identificado como Robério Leandro Rodrigues Barreto, foi preso na madrugada desta quinta-feira (3) e responderá por estupro de vulnerável e lesão corporal.
Como aconteceu o crime?
A adolescente foi
abordada por Robério ao sair da escola. Ele alegou estar gravando um vídeo para
o TikTok e a convidou para participar de um
"desafio" em que ela deveria experimentar bebidas e adivinhar seus
sabores, com direito a prêmios em dinheiro por acertos. Inocente, a menina
aceitou, mas as bebidas estavam dopadas.
- Sequestro:
Após desmaiar, a vítima foi levada para um local desconhecido.
- Cativeiro:
Quando recobrou a consciência, estava nua, amarrada a uma cama e
sob ameaças.
- Resgate:
A mãe da menina notou seu desaparecimento e acionou a polícia. Agentes
da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a encontraram dentro
do carro do suspeito, já na madrugada de quinta-feira.
Provas contra o criminoso
No veículo de Robério,
os policiais encontraram:
✔ Bebidas suspeitas (possivelmente com
substâncias entorpecentes).
✔ Ducha de higiene íntima (indício de tentativa
de destruir evidências).
✔ Cordas e objetos que sugerem planejamento prévio.
A menina foi
encaminhada ao Hospital da Criança de Brasília para exames e
acompanhamento psicológico.
Perfil do suspeito
Robério Leandro Rodrigues Barreto, de 32 anos, não tinha registros anteriores como influenciador digital. A polícia investiga se:
- Ele já cometeu crimes semelhantes.
- Agia sozinho ou integrava uma rede de exploração.
- Utilizava falsas identidades online para atrair
vítimas.
Reação das autoridades
A 2ª Delegacia
Especial de Atendimento à Mulher (Ceilândia/DF) assumiu o caso. O
delegado responsável afirmou:
"Estamos analisando os dados do celular do suspeito para identificar
outras possíveis vítimas. O crime foi planejado, e ele usou a internet como
isca."
Riscos do mundo digital para crianças e adolescentes
Este caso expõe
ameaças recorrentes:
🔴 Falsos
influenciadores: Criminosos criam perfis falsos para se aproximar de jovens.
🔴 Desafios
perigosos: "Brincadeiras" online podem esconder golpes ou
violência.
🔴 Dificuldade
de rastreio: Muitos crimes começam em redes sociais e migram para o mundo
real.
Dados alarmantes
(SaferNet, 2023):
Tipo de crime |
Casos registrados |
Sextorsão (chantagem
sexual) |
1.200+ |
Aliciamento online |
890 |
Falsas promessas de
fama/dinheiro |
450+ |
Como proteger crianças e adolescentes?
✔ Monitorar atividades online: Saber com quem
conversam e quais conteúdos consomem.
✔ Alertar sobre desafios suspeitos: Nem tudo na
internet é inocente.
✔ Ensinar a dizer NÃO: Se uma proposta parece
estranha, devem recusar e relatar a adultos.
✔ Configurar privacidade: Redes sociais devem ter
perfis privados para menores.
Apoio à vítima
A adolescente recebe
atendimento multidisciplinar, incluindo:
- Acompanhamento psicológico (trauma pós-violência).
- Proteção de identidade (para evitar revitimização).
- Assistência jurídica (família
pode processar o agressor por danos morais).
Punição prevista
Robério responderá
por:
- Estupro de vulnerável (art.
217-A do Código Penal): pena de 8 a 15 anos.
- Sequestro (art.
148 do CP): 2 a 8 anos.
- Uso de drogas para crime (art. 157 do CP): agravante.
Casos similares recentes
- São Paulo (2023):
Homem fingiu ser produtor musical para abusar de 4 meninas.
- Rio de Janeiro (2024):
Adolescente foi atraída por falsa promessa de emprego como modelo.
Onde denunciar?
- Disque 100 (Direitos
Humanos)
- SaferNet (crimes
online)
- Delegacias especializadas
Conclusão
Este caso reforça a necessidade de supervisão parental e educação
digital desde cedo. Autoridades pedem que outras vítimas ou
testemunhas de crimes similares não se calem – denúncias podem
evitar novas tragédias.
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