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Crise Global nos Mercados: Tarifas de Trump Provocam Maior Queda nas Bolsas Desde 2008


As bolsas de valores da Europa e Ásia registraram quedas históricas nesta segunda-feira (7), em um dia que muitos analistas já comparam à crise financeira de 2008. O colapso foi desencadeado pelo pacote de aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerando temores de uma recessão global.

Ásia em queda livre

O mercado asiático foi o primeiro a sentir o impacto da política comercial americana, com Hong Kong sofrendo o golpe mais severo. O índice Hang Seng despencou impressionantes 13%, registrando seu menor patamar em 28 anos. Na China continental, o Shanghai Composite recuou aproximadamente 8%.

Outras praças asiáticas também registraram perdas significativas:

  • Japão: o índice Nikkei caiu 7,83% em Tóquio
  • Coreia do Sul: o Kospi recuou 5,57% em Seul
  • Taiwan: o Taiex desabou 9,7%
  • Austrália: o S&P/ASX 200 perdeu 4,23% em Sydney

Com esses resultados, vários índices atingiram seus menores níveis desde outubro de 2023, enquanto outros registraram quedas não vistas desde o início da pandemia em março de 2020.

Europa em pânico

O efeito dominó rapidamente alcançou os mercados europeus. Na Alemanha, o índice Dax despencou quase 10%, enquanto o FTSE 100 em Londres recuou aproximadamente 6% logo na abertura. O mercado europeu como um todo atingiu seu menor índice em 16 meses.

Empresas específicas sofreram impactos ainda mais dramáticos:

  • Rheinmetall (Alemanha): queda de quase 24%
  • Rolls-Royce (Reino Unido): desvalorização de 12%
  • Commerzbank (Alemanha): perda de 10%
  • Bancos britânicos como Barclays e NatWest recuaram 8% e 7%, respectivamente

Retaliação chinesa e escalada de tensões

A turbulência nos mercados intensificou-se após Pequim anunciar, na última sexta-feira (4), tarifas de 34% sobre importações norte-americanas, em retaliação direta às medidas do governo Trump. Segundo o Diário do Povo, publicação oficial do Partido Comunista Chinês, o país asiático está preparando "esforços extraordinários" para compensar os efeitos das tarifas americanas.

As bolsas chinesas, incluindo Hong Kong e Taiwan, não operaram na sexta-feira devido a um feriado local, o que pode ter contribuído para a reação mais acentuada na abertura de segunda-feira.

Impacto nos EUA e reação de Trump

Os mercados americanos já haviam começado a sentir os efeitos da própria política tarifária na semana anterior. O índice Dow Jones, de Nova York, acumulou queda superior a 10% em apenas dois dias após o anúncio, recuando 4,84% na quinta-feira (3) e mais 5,50% na sexta-feira (4). O Nasdaq, fortemente influenciado por empresas de tecnologia, despencou 5,97% e 5,82% nos mesmos dias.

Questionado sobre os efeitos de suas políticas nos mercados internacionais, Donald Trump declarou que "não quebrou o mercado de propósito" e afirmou não poder prever desdobramentos futuros. Em tom metafórico, o presidente americano acrescentou: "Não quero que nada caia. Mas às vezes você tem de tomar remédios para consertar alguma coisa."

Comparações com crises anteriores

A velocidade e a intensidade do declínio nos mercados globais têm gerado comparações preocupantes com episódios traumáticos da economia mundial. Segundo reportagem do The New York Times, banqueiros, executivos e traders relataram ter experimentado "flashbacks" da crise financeira global de 2008 durante o fim de semana.

Especialistas apontam que a velocidade da queda na última semana superou o início da pandemia de coronavírus, ficando atrás apenas do colapso do banco Lehman Brothers em 2008, evento que desencadeou a maior crise financeira do século XXI.

Perspectivas e preocupações

Com a escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, cresce o temor de uma nova recessão global. Países exportadores, incluindo o Brasil, já manifestaram preocupação com os possíveis impactos do "tarifaço" americano tanto nas exportações quanto nos mercados internos.

Analistas financeiros aguardam com apreensão a abertura dos mercados nos próximos dias, esperando para ver se os bancos centrais ao redor do mundo tomarão medidas para estabilizar a situação ou se a volatilidade persistirá, aprofundando ainda mais a crise.


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